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Magnificat (Magnificat)

  • Fernando Pessoa
  • Oct 1, 2017
  • 1 min read

Quando é que passará esta noite interna, o universo, e eu, a minha alma, terei o meu dia? Quando é que despertarei de estar acordado? Não sei. O sol brilha alto, impossível de fitar. As estrelas pestanejam frio, impossíveis de contar. O coração pulsa alheio, impossível de escutar. Quando é que passará este drama sem teatro, ou este teatro sem drama, e recolherei a casa? Onde? Como? Quando? Gato que me fitas com olhos de vida, que tens lá no fundo? É esse! É esse! Esse mandará como Josué parar o sol e eu acordarei; e então será dia. Sorri, dormindo, minha alma! Sorri, minha alma, será dia!

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Quando passerà questa notte interna, l’universo, e io, l’anima mia, avrò il mio giorno? Quando mi desterò dall’essere desto? Non so. Il sole brilla alto: impossibile guardarlo. Le stelle ammiccano fredde: impossibile contarle. Il cuore batte estraneo: impossibile ascoltarlo. Quando finirà questo dramma senza teatro, o questo teatro senza dramma, e potrò tornare a casa? Dove? Come? Quando? Gatto che mi fissi con occhi di vita, chi hai là in fondo? Si, sì, è lui! Lui, come Giosuè, farà fermare il sole e io mi sveglierò; e allora sarà giorno. Sorridi nel sonno, anima mia! Sorridi, anima mia: sarà giorno!


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